O setor da construção civil produz uma grande quantidade lixo. O gerenciamento de resíduos adequado ainda é um desafio a ser vencido no canteiro de obras. E conhece-lo é o primeiro passo.
Primeiramente é preciso entender os diferentes tipos de sobra nas construções.
À primeira vista, as pessoas pensam apenas no entulho. Todavia, estamos falando também de restos de madeira, aço, areia e argamassa.
O gerenciamento de resíduos é o planejamento do descarte desses materiais.
No Brasil, uma resolução do o Conselho Nacional do Meio Ambiente regulamenta o tema.
Em suma, o documento estabelece as obrigações legais para construtoras e órgãos de fiscalização.
Nesse sentido, contem diretrizes, processos e critérios para o gerenciamento de resíduos da construção.
Classificação
A resolução do Conama divide os resíduos por sua composição. Dessa forma, eles são separados em A, B, C e D.
Contudo, há também uma classificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Feita pela periculosidade, ela separa os materiais em classes I, II, II A e II B.
Os resíduos da classe A são reutilizáveis ou recicláveis na própria construção.
Nesse sentido, os da classe B são reutilizáveis ou recicláveis para outras destinações. Se tornam outros produtos como papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.
Por outro lado, os resíduos da classe C não contam com tecnologia que permita reutilização.
Já os da classe D são resíduos perigosos ou prejudiciais à saúde. Itens como tintas, solventes, óleos, itens radiológicos e materiais que contenham amianto.
ABNT
Na classificação da ABNT para gerenciamento de resíduos temos os seguintes materiais:
I: perigosos, inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos ou patogênicos.
II: entulhos que podem ser combustíveis, biodegradáveis e solúveis em água. Classe II A resíduos não perigosos com propriedades biodegradáveis combustíveis ou solúveis em água.
II B: entulhos que, em contato com água destilada ou deionizada, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água. Excetuam-se nesse aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Gerenciamento de resíduos na prática
Os resíduos Classe A, devem ser reutilizados ou reciclados. Do mesmo modo, também podem ser encaminhados a aterros, ou armazenados para uso futuro.
Com os da classe B, a segregação pode ocorrer na obra. Dessa foram, são encaminhados para uma área de transbordo e segue para o seu destino final.
Com os resíduos da Classe C, a exigência está no momento do transporte. O serviço é regulado por normas técnicas e legislações ambientai específicas.
De maneira idêntica, os materiais da Classe D, precisam de logística especializada até o momento da coleta. A destinação final também tem legislação própria.
Em síntese, o correto manuseio e gerenciamento de resíduos gera economia para a obra. Diminui o desperdício e os gastos com materiais.
Além disso, ajuda o setor a cumprir com seu papel para um mundo mais sustentável.
A construção lança 50% de todo o gás carbônico na atmosfera. É o que aponta um estudo produzido pelo SENAI e pelo Sebrae.
Além disso, quase metade de todos os resíduos sólidos produzidos.
Em outras palavras, reduzir esses índices é fundamental.